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𝗡𝗢𝗧𝗜́𝗖𝗜𝗔𝗦 | No nosso país, os preços das casas para comprar podem estabilizar nos 1%. Ou descer até 3%, estima a agência de 'rating'.
"Em Portugal, o mercado residencial manteve-se de pedra e cal ao longo de 2022, apesar dos desafios colocados pela guerra na Ucrânia. Mesmo com a alta inflação e a subida a pique dos juros no crédito habitação, as famílias continuaram a comprar casas e os preços das habitações foram subindo. Mas à medida que as taxas de juros sobem, o risco de correção de preços também aumenta. E, por isso, a Moody’s admite que os preços das casas podem cair até 3% em 2023.
"O risco de correção dos preços das casas aumentou à medida que acelera a inflação, sobem os juros e abranda o crescimento económico”, destaca a agência de notação financeira, admitindo que, em alguns mercados há “grandes riscos de correções de preços”, cita o ECO.
No que diz respeito a Portugal, a Moody’s estima que o crescimento dos preços das casas para comprar deverá fixar-se em 13,9% em 2022. E em 2023? A agência de ‘rating’ prevê que os preços das casas poderão manter-se estáveis nos 1%. Mas admite também um cenário de correção de preços, em que estes podem cair até 3%.
Alguns países da europa e do mundo não vão mesmo fugir à correção do preço das habitações, segundo estima a Moody’s. É o caso da:
As perspetivas da Moody`s apontam para que "o crescimento económico desacelere em todo o mundo em 2023", com "a inflação alta, as mudanças geopolíticas e a volatilidade do mercado financeiro a prejudicar famílias e empresas", existindo "um risco substancial de novos choques no futuro".
Mas no que diz respeito à banca, a agência de ‘rating’ admite que as instituições financeiras poderão beneficiar de "lucros sólidos" em 2023, com a subida das taxas de juro e os balanços reforçados a contrabalançarem o abrandamento económico global.
"Os bancos globais estarão protegidos do aumento do crédito malparado em 2023 pelo aumento das taxas de juro e pelas reservas sólidas e a perspetiva para o setor permanece estável", refere a Moody`s Investors Service no relatório divulgado no início de dezembro.
"O aumento dos juros permitirá a geração contínua de capital sobre o capital já forte, enquanto a liquidez e o financiamento permanecerão robustos, mesmo com as condições económicas sombrias em grande parte do mundo a provocarem uma deterioração do desempenho dos empréstimos. A qualidade de crédito da banca permanecerá globalmente estável", sustenta Edoardo Calandro.
De acordo com a agência de notação, os bancos na América do Norte, Médio Oriente, alguns países da Europa Ocidental e Ásia-Pacífico (excluindo a China) serão os que mais beneficiarão com as taxas mais altas.
Já os créditos em incumprimento serão, provavelmente, em maior número em mercados emergentes muito 'dolarizados', enquanto muitos bancos em países produtores de energia irão beneficiar dos preços mais elevados do petróleo.
Segundo a Moody`s, as perdas com empréstimos serão contidas pelos padrões mais rígidos de acesso ao crédito adotados ao longo dos últimos 10 anos, pela menor exposição a classes de ativos mais arriscadas e pelas elevadas provisões constituídas pelos bancos.
"Os depósitos permanecerão, provavelmente, bem acima dos níveis pré-pandémicos pelo menos nos próximos 12 a 18 meses e os requisitos de resgate da dívida já foram amplamente cumpridos na maioria das economias avançadas. Isto, associado à forte posição de partida, significa que os bancos permanecerão bem financiados ao longo de 2023, mesmo com os bancos centrais a continuarem a drenar liquidez", acrescenta."
fonte: "Idealista.pt" - "2023/01/11"