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𝗡𝗢𝗧𝗜́𝗖𝗜𝗔𝗦 | Foram celebrados 24.300 novos contratos de arrendamento em Portugal, o segundo maior número contabilizado desde 2020, diz o INE.
"O mercado de arrendamento em Portugal continua dinâmico, num momento em que comprar casa está mais caro, não só por via dos altos preços como também pelos elevados custos de financiamento. No arranque de 2023 foram celebrados 24.300 novos contratos de arrendamento em Portugal, o segundo maior número contabilizado desde 2020. E como a procura continua a ser superior à oferta existente, as rendas das casas voltaram a subir, nomeadamente 9,4% em termos homólogos, fixando-se no valor mediano de 6,74 euros por metro quadrado (euros/m2) no primeiro trimestre de 2023. Este é o segundo maior valor da renda da casa registado desde 2020, muito embora tenha descido 2,5% face ao trimestre anterior. Neste contexto, os custos as rendas das casas estão a pesar cada vez mais na carteira das famílias.
Os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que no primeiro trimestre de 2023, “a renda mediana dos 24.300 novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 6,74 euros/m2”, um valor que representa um crescimento homólogo de +9,4%, “embora seja inferior à variação homóloga registada no quarto trimestre de 2022 (+10,6%)”, começam por explicar no boletim publicado esta terça-feira, dia 27 de junho.
Mas este não foi, contudo, o maior valor mediano das rendas registado nos últimos anos (desde 2020). O maior valor foi observado no último trimestre de 2022, quando atingiu os 6,91 euros/m2, pelo que, face a este período, as rendas das casas no início de 2023 caíram 2,5%.
Quanto ao número de novos contratos de arrendamento, verifica-se que os 24.300 documentos assinados nos primeiros três meses de 2023 constituem no segundo maior número desde 2020, sendo apenas superado pelo registado no primeiro trimestre de 2022 (24.727 contratos, mais 427 do que no início deste ano). Portanto, face ao trimestre anterior, verificou-se um aumento de novos contratos de arrendamento, de +7,4% (+1.672 contratos em termos absolutos).
Observou-se ainda que 15 das 25 sub-regiões do país registaram um aumento no número de novos contratos de arrendamento relativamente ao período homólogo, com destaque para o Alto Alentejo (+20,1%), Douro (+19,2%) e Alto Tâmega (+16,2%). Sem surpresa, as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto concentraram 49,4% dos novos contratos de arrendamento (49,7% no quarto trimestre de 2022).
Há mais casas arrendadas e por valor cada vez mais elevados, o que significa que o peso das rendas sobre os rendimentos das famílias é cada vez maior em Portugal. É isso mesmo que conclui o Eurostat: em 2022 cerca de 29,4% dos agregados familiares que arrendavam casa em Portugal, tinham uma taxa de esforço superior a 40% (em 2010 só 17,9% dos inquilinos estavam nesta situação), cita o Público. Esta realidade coloca Portugal entre os países da União Europeia onde as famílias têm de fazer maior esforço para arrendar casa. E, com as recentes subidas das rendas em 2023, esta taxa de esforço deverá aumentar ainda mais.
Rendas aumentaram em todas as sub-regiões do país
Face ao primeiro trimestre de 2022, a renda mediana aumentou em todas as sub-regiões, apresentando quatro delas valores superiores ao nacional (6,74 euros/m2) e também crescimento homólogos superiores ao do país (9,4%):
Já face ao período anterior (quarto trimestre de 2022), a renda mediana aumentou em 13 das 25 sub-regiões do país, destacando-se o Alentejo Litoral e Terras de Trás-os-Montes, com subidas +12,8% e +11,5%, respetivamente. Por outro lado, o maior decréscimo foi registado na Região Autónoma dos Açores (-8,0%). “A renda mediana também decresceu nas áreas metropolitanas de Lisboa (-1,2%) e do Porto (-4,3%)”, destaca ainda o instituto de estatística.
Rendas das casas desaceleram em 15 dos 25 grandes municípios
No primeiro trimestre de 2023, verificou-se um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se maiores crescimentos registados nos municípios do Porto (+22,1%), Lisboa (+20,6%) e Barcelos (+20,4%). Já as menores subidas das rendas das casas em termos homólogos foram observadas em Vila Nova de Famalicão (+4,3%) e em Loures (+6,1%).
Entre os municípios com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e que registaram também um crescimento homólogo superior ao do país estão:
Verificou-se também uma desaceleração do valor das rendas das casas em 15 municípios no arranque de 2023 (9 municípios no trimestre anterior), tendo sido mais expressivos em Oeiras (- 11,8 pontos percentuais), Coimbra (-8,7 p.p) e Guimarães (-8,1 p.p.)."
fonte: "Idealista.pt" - "2023/06/27"